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O amor amortece as minhas implosões. 16 julho 2021 |
Na profundidade do eu,
na escuridão,
emerge o impacto,
floresce a implosão.
Não me destruo de fora para dentro,
ainda dilacero-me de dentro para fora,
porque de todas os choques que me atingem,
nunca externo o quanto as dores me doem.
Sou, no fim, o começo.
Uma bomba que nunca explode.
Se ainda desabafo fumaças ao vento
é porque a arte me percorre.
Mas há energia no que se move.
Há tempestades no deserto.
No lugar perigoso e hostil,
som e brio: não vomitar as pérolas dos porcos.
Pensamentos doces e amargos se mesclam.
Criam-se à própria sorte.
Se um dia explodo, eu não sei.
Desabem em si, pensamentos tortos.
Alane Moura,
22 de fevereiro de 2024.
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