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Mostrando postagens de 2017

Realidade

Abriu os olhos. Vestiu a beca, o fardo. Saiu às ruas. Perdeu o ônibus e caminhou. Chegou ao portão, às vezes bom dia, às vezes não. Sala dos Professores, blá blá blá, "meu aluno fez errado", "não aguento mais ensinar". Sala de aula, diz bom dia, boa tarde, boa noite... Mas não se está a escutar. Fone de ouvido, Whatsapp , Facebook e sem querer se distraiu... Sem querer foi mal na prova, sem querer se tornou vazio. Silêncio para se concentrar, euforia para não desanimar. Quando branco em branco, alunos a conversar. Implora a atenção para algo que lhes vai importar. Calor, frio, chuva e poeira... Aluno que perde aula não se propõe a questionar. Pai que vem a escola para de mim reclamar... Mas o que eu fiz de errado? - Não sei, talvez se formar. Créditos da imagem: <https://conceitos.com/realidade/>. 05 de dez. 2017. Alane Moura, sábado, 19 de dez. 2015

A Saga de Baleia

Cientistas tentam, desde remotos tempos, compreender como funciona a cabeça dos caninos. Tudo o que sabem é ainda muito limitado e pode não ser aplicado com tamanha firmeza quando falamos do Baleia. Devemos considerar que seu nome não fora forjado especificamente por seu porte físico. Baleia, na verdade, é um cão magrelo e rabugento, que fuçava os clientes de uma pequena lanchonete na tentativa de induzi-los a dar-lhe comida. Seu nome foi escolhido por sua semelhança icônica com o cãozinho Baleia, magistralmente descrita por Graciliano Ramos no consagrado "Vidas Secas", que por sua vez suponho que deve ter o escolhido por pura ironia. A saga de Baleia não durou mais que uma tarde, mas foi suficientemente distinta para valer a apreciação de alguns versos despropositais. Tudo começou no almoço, quando Baleia se aproximou com desdém da mesa onde estavam sentados quatro estudantes da UFRN. Não havia como reconhecê-los desde sempre, pois em verdade Baleia viveu sua miserá

Minha experiência com "A Cabana"

Ao final de A Cabana deparei-me com um pedido. Um grupo, provavelmente de fãs da obra, pedia para compartilhar com outras pessoas as suas experiências particulares com o livro em questão, para que assim se possa demonstrar como ele afetou ou transformou nossas vidas. Prontamente decidi aceitar a proposta e venho aqui deixar claras as minhas experiências com esse livro. Bem, eu perdi meu bisavô aos três anos de idade, mas embora não tenha muitas lembranças dele, cresci ouvindo as "estórias" que ele contava, já que minha bisavó sempre as narrava para mim. Ele era pescador, porém somente depois de crescer foi que considerei a chance de haver certo exagero no que ele contava. No entanto, como toda criança, eu não conseguia discernir o imaginário da realidade, então todas as estórias dele me fascinavam e pareciam verídicas. Eu ia dormir à noite pensando nos seres que ele costumava descrever, ia para a escola com o mesmo pensamento e tudo o que eu lia alimentava ainda mai