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Mostrando postagens de setembro, 2024

Meu caro Cético: a proteção na guerra

Design: @alanemouras Meu caro Cético, Permita-me dizer que não fiquei surpresa com a sua dúvida*. Na verdade, até mesmo alguns cristãos têm dificuldade para entender essa minha fala. Mas as coisas realmente são assim. A vida do verdadeiro cristão nesse mundo tende a ser sempre muito difícil. E embora existam muitas teorias para justificar essa inadequação espiritual/existencial da gente, pessoalmente acredito que isso aconteça porque, desde o princípio, não fomos criados para viver aqui. Mesmo quem não leu a Bíblia, meu caro, já deve ter ouvido falar sobre a história do Jardim do Éden, o lugar em que Adão e Eva viviam em paz antes do Pecado Primordial (Gênesis 2-3). É fácil deduzir a partir dessa história que não fomos criados por Deus para viver nesse mundo em que hoje estamos. Isso é, na verdade, uma consequência do nosso erro. Fomos criados para viver em um Reino de Eternidade, meu caro. O que torna difícil a nossa vida aqui é que as consequências da escolha de Adão e Eva reverberam...

Meu caro Cético: o pai que disciplina

Design: @alanemouras Meu caro Cético, É fato que, às vezes, para ser um bom cristão a gente tem que navegar contra a correnteza de nossas vaidades. Através do evangelho de Lucas (9:23), por exemplo, Jesus disse certa vez: "se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me". Isso quer dizer, em outras palavras, que muitas vezes devemos dizer "não" às nossas próprias vontades para cumprir com a vontade de Deus e nos tornarmos aquilo que Ele espera de nós. É por isso que perdoar é tão difícil, Cético. Muitas vezes devemos abrir mão de algumas convicções que temos (embora na maioria das vezes essas convicções sejam mero "orgulho") para seguir o nosso Mestre. Seria muito fácil aderir aos ensinamentos de Cristo se nós não tivéssemos que sacrificar algo de nós mesmos, abandonar todos os nossos vícios e pecados. Porém a verdade, clara e definitiva, é essa: a vida do cristão é tortuosa mesmo, difícil em boa parte do tempo. Aquele que desco...

Meu caro Cético: o perdão perfeito

Design: @alanemouras Meu caro Cético, Suas palavras me comoveram bastante*. É uma pena que não tenha conseguido perdoar seu pai de todo o seu coração. Aliás, sinto muitíssimo por isso. Realmente acredito que as melhores coisas dessa vida advêm do amor, inclusive o perdão verdadeiro. Peço que tente não se culpar tão cruelmente, meu caro. Entre os ensinamentos que Cristo nos deixou, perdoar é mesmo um dos mais difíceis, pois é uma prática sublime do amor ao próximo. Até mesmo quando pregado na cruz, depois de sofrer todos os tipos mais covardes de humilhações, Jesus clamou o perdão de Deus para seus carrascos (Lucas 23:34), colocando em prática aquilo que Ele mesmo ensinou ao discípulo Pedro no evangelho de Mateus (18:21-22). Nesse trecho do evangelho de Mateus, Jesus ensina que devemos perdoar até 70 vezes 7. A nossa matemática é exata e diz que o resultado dessa multiplicação é 490, só que o perdão nunca foi uma questão de exatidão ou precisão matemática, tampouco algo completament...

Meu caro Cético: lições de amor

Design: @alanemouras Meu caro Cético, Sou eu quem agradece a sua gentileza*. Na verdade, gostaria muito que você pudesse me compreender por completo. Queria que entendesse o amor de Deus como uma ponte infinita, um sentimento tão grande e sublime que não reconhece barreiras. Mas, no fim, acho que o ato de acreditar ou não nesse amor também é um dom do Espírito. Depende do quanto você estará disposto a abrir o seu coração para recebê-lo. Quando era criança, achava que meu pai não me amava porque entendia que o amor era a demonstração de carinho, talvez um abraço, uma conversa, uma risada, um momento oportuno. Hoje, ao meu ver, o amor é mais do que isso: um sentimento matriz, do qual derivam várias outras emoções. A amizade, o respeito, o cuidado, a afeição, o companheirismo, a compaixão, a empatia e o perdão são como os galhos de uma mesma árvore: todos se ramificam a partir do amor. O amor, entretanto, pode ser romântico ou não, recíproco ou não, intenso ou não, mas a sua existência é ...