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Mostrando postagens de dezembro, 2025

Recuse imitações

Agora colocaram na cabeça da gente uma ideia maluca sobre como calçar os pés. Mas quando vivia descalço, pegando frieira, não apareceu um sequer para dar remédio. A sandália era remendada com o prego que faltava na parede. Por isso o espelho caia e a praga vinha e reinava: mas o que é sete anos de azar para quem vive na falta? Depois de jovem, disseram: recuse imitações! Mas hoje é outro tempo, onde a boca sopra ao vento ideias de outras gerações. Faço o que me mandam e penso melhor pela cabeça dos outros. A marca não é apenas um nome, mas uma direção de desgosto. Onde anda a sorte? Na direita ou na esquerda do caboclo? O azar, eu sei, continua habitando o meio do povo. Por mim, penso: dentre os animais, os mais sábios são os descalços. Poderia ser o papagaio, mas ele só imita o que ouve falar. Nesse mundo, quem procura acha e quem acha se cala. Existem descalços sem opção e calçados com opinião formada. Mas, me diga então, onde isso vai parar? Talvez nos tribunais ou nos pés de gente ...